SÉRIE A SAGA -1808-2008- 200 Anos - Brasil , Capital do Império
HISTÓRIAndo
Edevânio Francisconi Arceno
Acadêmico de História – UNIASSELVI
1808-2008
Brasil – Capital do Império
Edevânio Francisconi Arceno
Acadêmico de História – UNIASSELVI
1808-2008
Brasil – Capital do Império
EPISÓDIO III
“UMA VIAGEM REAL”
A COROA EM “NAUS” LENCÓIS
“UMA VIAGEM REAL”
A COROA EM “NAUS” LENCÓIS
Enquanto D. João deixava a foz do rio Tejo e entrava oceano adentro um problema maior do que Napoleão começou a perturbá-lo. As péssimas condições das Naus que outrora foram sinônimos de conquistas e prestígio aos portugueses, agora refletiam uma corte puramente extrativista. As naus tinham 67 MT de comprimento por 16,5 de largura, com 84 canhões e muita carga, não restavam muitos lugares para os passageiros a não ser nos tombadilhos, sujeitos as intempéries do tempo, como chuva, vento, trovoada, etc. A água era insuficiente, a comida era pouca, e as pestes se proliferavam em virtude da falta de higiene. Com vazamentos nos cascos das naus, entrava muita água, além disso, as velas e as cordas eram podres e a madeira parecia que não iria resistir aos açoites das ondas, deixando passageiros e tripulantes em pânico. Na nau em que viajava a princesa Carlota Joaquina, a falta de higiene e saneamento ocasionou uma epidemia de piolhos que fizeram as mulheres rasparem seus cabelos e lançar ao mar suas perucas. A rainha Maria I, D.João e seus filhos herdeiros, viajavam todos na mesma nau capitânia Príncipe Real, ou seja, se esta nau afunda-se levaria consigo toda a linhagem real.
PRIMEIRA ESCALA-SALVADOR
Até hoje, ninguém entendeu direito porque as naus portuguesas fizeram escala, ou seja, deram uma passadinha em Salvador, Bahia. Uns dizem que era para fortalecer a Coroa, outros dizem que pode ter sido uma necessidade em virtude das péssimas condições da viagem, porém existem rumores, de que haveria certa urgência por parte da Inglaterra de receber o seu pagamento, pelos serviços prestados. A verdade é que no dia 22 de Janeiro de 1808 as 11:00 h. da manhã as embarcações chegam à cidade de Salvador, e uma das primeiras ações do Príncipe regente em terras brasileiras foi decretar a abertura dos portos as nações amigas, ou seja, o Brasil poderia negociar diretamente com outras nações sem ter que passar pelo porto de Lisboa, e a maior privilegiada foi a Inglaterra. A estadia em Salvador foi rápida, há rumores de que o Príncipe não queria ir embora, porém o Rio de Janeiro era mais seguro, então partiram.
Até hoje, ninguém entendeu direito porque as naus portuguesas fizeram escala, ou seja, deram uma passadinha em Salvador, Bahia. Uns dizem que era para fortalecer a Coroa, outros dizem que pode ter sido uma necessidade em virtude das péssimas condições da viagem, porém existem rumores, de que haveria certa urgência por parte da Inglaterra de receber o seu pagamento, pelos serviços prestados. A verdade é que no dia 22 de Janeiro de 1808 as 11:00 h. da manhã as embarcações chegam à cidade de Salvador, e uma das primeiras ações do Príncipe regente em terras brasileiras foi decretar a abertura dos portos as nações amigas, ou seja, o Brasil poderia negociar diretamente com outras nações sem ter que passar pelo porto de Lisboa, e a maior privilegiada foi a Inglaterra. A estadia em Salvador foi rápida, há rumores de que o Príncipe não queria ir embora, porém o Rio de Janeiro era mais seguro, então partiram.
PARADA FINAL - RIO DE JANEIRO
No dia 7 de março de 1808, no começo de uma tarde onde o sol exaltava o azul do céu, a família real portuguesa chegava à baia da Guanabara-RJ. Os ilustres passageiros desembarcaram às 4 horas da tarde do dia seguinte. Os brasileiros coloniais esperavam uma chegada pomposa da família real, mas viram apenas nobres e uma corte castigada pela longa viagem. As mulheres tentavam esconder com um turbante, suas nobres cabeças com cabelos curtos ou raspados, em virtude dos piolhos, porém a moda do turbante se espalhou entre as coloniais. Na catedral foi realizada uma cerimônia de ação de graças pelo sucesso da viagem e depois se realizou o famoso beija-mão, onde toda corte e a população beijava a mão do príncipe em sinal de obediência e submissão. A cidade do Rio de Janeiro cresceu muito por conta desta breve estadia real, construções de grandes obras demonstravam o progresso da cidade, a construção da Biblioteca Real, o Jardim Botânico, a Escola de Medicina, que também havia sido fundada em Salvador, as ruas foram calçadas, praças foram construídas e a criação do Banco do Brasil.
No dia 7 de março de 1808, no começo de uma tarde onde o sol exaltava o azul do céu, a família real portuguesa chegava à baia da Guanabara-RJ. Os ilustres passageiros desembarcaram às 4 horas da tarde do dia seguinte. Os brasileiros coloniais esperavam uma chegada pomposa da família real, mas viram apenas nobres e uma corte castigada pela longa viagem. As mulheres tentavam esconder com um turbante, suas nobres cabeças com cabelos curtos ou raspados, em virtude dos piolhos, porém a moda do turbante se espalhou entre as coloniais. Na catedral foi realizada uma cerimônia de ação de graças pelo sucesso da viagem e depois se realizou o famoso beija-mão, onde toda corte e a população beijava a mão do príncipe em sinal de obediência e submissão. A cidade do Rio de Janeiro cresceu muito por conta desta breve estadia real, construções de grandes obras demonstravam o progresso da cidade, a construção da Biblioteca Real, o Jardim Botânico, a Escola de Medicina, que também havia sido fundada em Salvador, as ruas foram calçadas, praças foram construídas e a criação do Banco do Brasil.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Muitos apenas ridicularizaram a família real e suas gafes, porém é inegável que o Brasil, o único país da América a conseguir sua independência sem guerras, mudou depois deste fato, não que seus problemas tiveram fim, afinal já faz 200 anos e ainda temos muitos problemas, porém somos brasileiros e não desistimos nunca, D.João voltou a Portugal, mas o Brasil ficou, e nós príncipes e princesas desta terra abençoada por Deus, temos o privilégio de viver neste País, que tem seus problemas sociais, como a falta de emprego, de moradia, de educação, de segurança, de saúde, mas nunca faltou-nos a esperança. D. João VI embarcou para Lisboa com lágrimas nos olhos, Maria Joaquina disse que do Brasil não queria nem o Pó, D Pedro I disse “Eu fico”, seu Filho, D Pedro II, anos mais tarde ao morrer, deixaria registrado em seu atestado de óbito, causa morte “Saudades do Brasil”. Este é o nosso Brasil, que do conquistador fez um conquistado. O Blogue http://historianovicente.blog.terra.com.br , parabeniza todos, que nunca precisaram cruzar um oceano para descobrir as maravilhas de ser brasileiro. Assim termina o nosso breve relato sobre o fato histórico que transformou o mundo, principalmente o do Napoleão!
Muitos apenas ridicularizaram a família real e suas gafes, porém é inegável que o Brasil, o único país da América a conseguir sua independência sem guerras, mudou depois deste fato, não que seus problemas tiveram fim, afinal já faz 200 anos e ainda temos muitos problemas, porém somos brasileiros e não desistimos nunca, D.João voltou a Portugal, mas o Brasil ficou, e nós príncipes e princesas desta terra abençoada por Deus, temos o privilégio de viver neste País, que tem seus problemas sociais, como a falta de emprego, de moradia, de educação, de segurança, de saúde, mas nunca faltou-nos a esperança. D. João VI embarcou para Lisboa com lágrimas nos olhos, Maria Joaquina disse que do Brasil não queria nem o Pó, D Pedro I disse “Eu fico”, seu Filho, D Pedro II, anos mais tarde ao morrer, deixaria registrado em seu atestado de óbito, causa morte “Saudades do Brasil”. Este é o nosso Brasil, que do conquistador fez um conquistado. O Blogue http://historianovicente.blog.terra.com.br , parabeniza todos, que nunca precisaram cruzar um oceano para descobrir as maravilhas de ser brasileiro. Assim termina o nosso breve relato sobre o fato histórico que transformou o mundo, principalmente o do Napoleão!
Referências:
GOMES, Laurentino. 1808.1.ed. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2007.
GOMES, Laurentino. 1808.1.ed. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2007.
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