Pegar dinheiro emprestado nos bancos para cobrir o rombo da conta corrente ou para financiar aquele sonho de consumo está mais caro. A taxa média das operações para a pessoa física aumentou 0,4 ponto percentual em janeiro, para 43,4% ao ano, segundo levantamento divulgado ontem pelo Banco Central (BC). As taxas de juros têm subido exclusivamente pelo aumento dos spreads bancários, que é a diferença entre a taxa paga aos investidores e o juro cobrado pelos bancos nos empréstimos. O movimento dos bancos tenta antecipar o aperto do crédito previsto para os próximos meses que deve ter alta do juro básico, a Selic, e eventual mudança nos compulsórios, parcela do dinheiro dos bancos que é depositada no BC. Para o mercado, o BC deve tomar medidas em breve para conter a inflação, e segurar a velocidade do crédito pode ser um dos instrumentos. Para o analista da LCA Consultores, Douglas Uemura, a perspectiva de que a política monetária seja alterada em breve eleva custos dos bancos e isso é repassado aos clientes com alta nos juros. O Banco Central detectou também que há uma mudança nos empréstimos tomados no início do ano, com mais clientes em busca de financiamentos caros, o que eleva a média do mercado. Entre as famílias, muitas nessa época recorrem a empréstimos caros, como o cheque especial e cartão de crédito. Segundo ele, gastos concentrados – como impostos, contas do fim de 2009 e despesas escolares – aumentam a demanda por essas linhas de crédito, que são fáceis de tomar e que, por isso mesmo, têm juros elevados.
Fonte: Jornal A Notícia de 25/02/2010
Clipagem: Professor Marcelo Tavares
Fonte: Jornal A Notícia de 25/02/2010
Clipagem: Professor Marcelo Tavares
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