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Local: Garuva, SC, Brazil

Professor de História concursado e lotado na Escola Municipal Vicente Vieira, em Garuva-SC. Policial Militar desde agosto de 1989, atualmente está destacado na PM de Garuva. Historiador formado pela UNIASSELVI e Pós-graduado em História Cultural pela FACEL de Curitiba-PR. Casado com Viviani, Pai do Giovanni e da Fernanda. Um Garuvense Feliz e Realizado!

terça-feira, 29 de junho de 2010


ENFEITES

SEM EFEITOS
MARCELO TAVARES
Geógrafo

Sou brasileiro e gosto (sem excessos) de futebol, porém, em época de Copa do Mundo é comum nos depararmos com Escolas abarrotadas de coloridos enfeites alusivos ao evento – o que considero ser a realização plena da fortalecida parceria entre o recorte e a colagem, porém, em muitos casos não passam de penduricalhos desprovidos do real entendimento acerca de tudo que emoldura tal competição, como por exemplo, economia, cultura, história, política e geografia de uma nação. Não utilizar a evidência promovida pela mídia é desperdiçar oportunidades capazes de instigar a curiosidade inicial acerca de conteúdos a serem trabalhados – no mínimo, falta de criatividade acompanhada de notável despreparo. Seguindo esse universo de descasos, é inevitável abordar a questão da dispensa das aulas em dias de jogos da nossa Seleção a fim de que alunos, professores e funcionários assistam as disputas no conforto de seus lares. Tal atitude passa a ser questionável ao encontrarmos lanchonetes lotadas de adolescentes portando mochilas escolares, cigarro entre os dedos e bebidas alcoólicas transbordando copos – Ué? Não deveriam estar em casa? Acredito não ser o momento para dispensar pessoas de ambientes que necessitam claramente de inovação, coletividade, sincronismo, criatividade e articulação. A rede que pretendemos estabelecer entre os pólos escola, família e sociedade anseia por maior comprometimento, como também, intensa e exclusiva dedicação entre todos. As oportunidades de convivência em grupo necessitam de utilização em busca da promoção do aprendizado real e, de preferência, em cenários devidamente adaptados para a finalidade. Até que momento ser irredutível e inoperante é favorável a proposta de melhorar a qualidade de vida das pessoas? – pois acredito que esse seja o objetivo macro de tudo, não? Dois tempos de quarenta e cinco minutos de futebol ao som contínuo das vuvuzelas são suficientes para fortalecer a justificativa de um turno todo sem aula fragilizando assim a construção coletiva e articulada do aprendizado? Para mim e espero que para muitos, a Escola é tida como um excelente local para o exercício do patriotismo e da cidadania, mas para que isso ocorra, no mínimo, pessoas precisariam frequentá-la mantendo-se nela. E então, rumo ao Hexa?